Decreto considera Tereré de Ponta Porã patrimônio histórico de MS. O registro de bem imaterial é equivalente ao tombamento de uma edificação histórica. Bebida tornou-se típica da região, passada de pai para filho.
Decreto publicado no Diário Oficial do Estado do dia 01 de abril de 2011, determina o tereré de Ponta Porã como patrimônio imaterial e cultural de Mato Grosso do Sul. O registro de bem imaterial é equivalente ao tombamento de uma edificação histórica.
O decreto assinado pelo governador André Puccinelli, responde a deliberação do Conselho Estadual de Cultura, de 16 de julho de 2010. Em Mato Grosso do Sul, a cerâmica terena e o banho de São João já são considerados bens imateriais.
No livro são inscritos “conhecimentos e modos de fazer enraizados no cotidiano das comunidades”. Na deliberação do Conselho Estadual de Cultura consta a influência em relação a Ponta Porã.
“(…) Seu consumo no município remonta ao passado, ao surgimento das comunidades de Ponta Porã (Brasil) e Pedro Juan Caballero [Paraguai], que floresceram face ao ‘Ciclo da Erva-Mate’, continuando presente nos hábitos da população desta região”. E acrescenta: “(…) Tornou-se bebida típica da região, cuja tradição é passada de pai para filho, elimina as diferenças sociais, promove a interação cultural, propicia o diálogo entre os integrantes das “rodas” – que aproveita o momento para repassar as novidades”.
O tereré acaba de ganhar status de patrimônio imaterial de Mato Grosso do Sul. É o reconhecimento da importância histórica e cultural que a bebida tem para o povo do Estado.
Assim como o chimarrão dos gaúchos, o acarajé da Bahia, o pão de queijo de Minas Gerais, o tereré valoriza uma tradição que une indivíduos das diferentes regiões do Estado: no Pantanal, na fronteira com o Paraguai, no norte de Mato Grosso do Sul, na região Central, enfim, todos se identificam de alguma forma com o tereré.
Em Mato Grosso do Sul, o tereré é tão presente no cotidiano que virou patrimônio histórico imaterial. São três manifestações culturais do Estado com essa classificação, juntamente com a cerâmica Terena e o banho de São João de Corumbá. Esta é uma forma de preservar a cultura local e valorizar os hábitos do homem da terra.