O programa “A Hora do Chamamé” é na verdade, um grito de alerta contra a invasão cultural de nossa terra e o risco da substituição das raízes guaranis, que permeiam a formação sócio econômica e cultural de nosso povo.
Mato Grosso do Sul, território que, no dizer de Almir Satter, em sua imortal canção “Sonhos Guaranis”, já foi Paraguai, possui um invejável acervo de tradições que o diferencia do restante do país, encantando aqueles que nos visitam ou que por aqui passam. Cabe a nós que, de alguma forma, estamos envolvidos com a divulgação e preservação desses valores, assegurar que a cultura sul-matogrossense esteja sempre ao alcance dos filhos desta terra.
Devemos envidar todos nossos esforços no sentido de que nossos descendentes saibam quem foram e o que fizeram Zé Corrêa, Zacarias Mourão, Jandira, Délio e outros que já se foram, e os que fazem hoje, Benitez, e tantos outros que seria impossível enumerar. Que novas gerações nos critiquem por excesso, jamais por falta.
O programa “A Hora do Chamamé” tem a alta pretensão de mostrar que o chamamé correntino, a polca paraguaia, a guarânia, o tereré, a chipa, a sopa paraguaia, o locro, o vori vori, não são excentricidades cultivadas por momentos apenas, mas valores culturais entranhados na alma do povo de Mato Grosso do Sul, como parte de sua forma de ver e sentir o mundo.
Orivaldo Mengual
Produtor / Apresentador