Dia da Guarânia – 27 agosto

José Assunção Flores, nasceu em 27 de agosto de 1904, na cidade de Assunção num humilde rancho do bairro  de “La Chacarita”.
Filho de pai desconhecido, sua mãe Magdalena Flores foi a responsável pela sua educação.
Em 1915, aos 11 anos de idade, ingressou na Banda da Polícia da Capital, sendo seus diretores Maria Godoy, Eugenio Campanini, Nicolino Pellegrini e Salvador Déntice.
O seu primeiro instrutor foi o grande maestro Félix Fernadez Cardozo.
Com o seu talento e curiosidade nata venceu a dificuldade de executar as partituras das músicas paraguaias, que tem um elevado grau de dificuldade, principalmente para músicos estrangeiros.
José Asunción Flores, por volta dos 21 anos de idade concluiu os estudos de teoria e solfejo musicais e estudava trombone e violino.
Em 1925, compôs sua primeira guarânia, resultado de exaustivos estudos, estimulado por seus companheiros Félix Fernández, Manuel Rivas Ortellado, Rudencindo Lugo, Darío Gómez Serrato, Silvestre Jovellanos, Santiago Torres, Manuel Cardozo e Gerardo Fernández Moreno.
A guarânia resultou de uns arranjos realizados por Flores à polka Maerãpa Reikuaase, de Rogelio Recalde.
A partir desse momento aprofunda seus estudos musicais com Carlos Esculies e Leopoldo Centurión no Ginásio Paraguayo.
Sua primeira guarânia intitulou “Jejuí”, seguida das guarânias: Arribeño Resay, India e Ka´a ty, com letra de Rigoberto Fontao Meza  (posteriormente com Manuel Ortíz Guerrero escreveu a sua música mais conhecida: Índia).
Quando conheceu Manuel Ortiz Guerrero, em 1928, por meio de Darío Gómez Serrato, produziu as mais belas músicas do repertório popular do gênero, dentre elas a guarânia Índia e a canção épica Cerro Corá, de Félix Perez Fernández e Herminio Gimenez declarada música oficial. Compôs outros grandes clássicos como: India, Nde Rendape a jú, Pananbí Verá, Paraguaýpe, Buenos Aires, Salud, Kerasy, Nde Raty Py Kuá, Obrerito, Gallito Cantor, Purahéi Paha, Mburicao, Ñasaindype, Ñande Aramboha, Punta Karapame Serratondive, Cholí, Musiqueada Che Amape, Ka´aty, Arribeño Resay entre outras. Flores foi além, levou a música paraguaia a níveis de sinfonia,  e em 1944, estréia em Buenos Aires “Pyhare Pyte”, seguida de Ñanderú Vuzu, María de la Paz totalizando 12 sinfonias.
Casado por duas vezes, foi pai de Francisco Asunción e de Olga Flores.
José Asunción Flores morreu no exílio em 16 de maio de 1972, na cidade de Buenos Aires. Seus restos mortais foram repatriados em 1991, e descansam na Praça de Mariscal López.

(x) Del folleto “Campaña Nacional del ÑEMORANDU, que se hizo bajo la iniciativa de Oscar Nelson Safuán, con el apoyo de organismos oficiales e entidades privadas.


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